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ESPLENDOR DA CRIAÇÃO

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ALBERT BIERSTADT

sábado, 5 de fevereiro de 2011

INDI(A)GESTÃO: Bhagavatam

INDI(A)GESTÃO

19 de janeiro de 2010

Contribuicoes da India para a Cosmologia - Parte 2

Namaskar

Repassando...


O Bhagavatam à primeira vista
O Quinto Canto do Srimad-Bhagavatam fala de inumeráveis universos. Cada um está contido em uma concha esférica circundada por camadas de material elementar que marcam a fronteira entre o espaço mundano e o ilimitado mundo espiritual.
A região no interior da esfera (Figura 3) é chamada de Brahmanda, ou "Ovo Brahma ovo". Ela contém um disco da Terra ou um plano chamado Bhu-mandala que a divide em uma parte superior, a metade celestial e uma metade subterrânea, cheia de água. A Bhu-mandala está dividida em uma série de características geográficas, tradicionalmente chamada dvipas, ou "ilhas", varshas, ou "regiões", e os oceanos. No centro da Bhu-mandala (Figura 4) está a "ilha" circular de Jambudvipa, com nove subdivisões varsha. Estas incluem a Bharata-varsha, que pode ser entendida em um sentido como a Índia e, em outro, como a área total habitada por seres humanos. No centro da Jambudvipa ergue-se a Montanha Sumeru, em forma de cone, o que representa o mundo e é encimada pelo eixo da cidade de Brahma, o criador do universo.
Para qualquer pessoa educada modernamente, isso soa como ficção científica. Mas é? Vamos considerar as quatro formas de ver a descrições das Bhu-mandala contidas no Bhagavatam.








Começamos por discutir a interpretação da Bhu-mandala como uma planisfera, ou uma projeção polar do mapa do globo terrestre. Este é o primeiro modelo fornecido pela Bhagavatam. A projeção estereográfica é um antigo método de mapeamento de pontos sobre a superfície de uma esfera para produzir pontos equivalentes em um plano. Podemos usar este método para mapear um globo terrestre moderno em um plano bidimensional, e a projeção plana resultante é chamada planisfera (Figura 5). Podemos igualmente ver a Bhu-mandala como uma projeção estereográfica de um globo (Figura 6).








Na Índia, tais globos existem. No exemplo aqui mostrado (Figura 7), a área da terra entre o equador e a montanha é o Bharata arco-varsha, correspondendo à Índia maior. A Índia é bem representada, mas à exceção de algumas referências à vizinhança, este mundo não fornece um mapa realista da Terra. O seu objetivo era astronômico, e não geográfico.






Embora o Bhagavatam não descreva explicitamente a Terra como um globo, o faz indiretamente. Por exemplo, ao salientar que a noite aparece em posição diametralmente oposta a um ponto em que é dia. Do mesmo modo, o sol se põe em um ponto oposto ao que ele nasce. Assim, o Bhagavatam não apresenta a ingênua opinião de que a Terra é plana.
Podemos comparar a Bhu-mandala com um instrumento astronômico chamado astrolábio, popular na Idade Média. No astrolábio, um círculo fora do centro representa a órbita do sol, a eclíptica. A Terra é representada em projeção estereográfica sobre uma placa plana, chamado de mater (ou madre). O círculo elíptico e as estrelas importantes são representadas em outro disco, chamado de rete (ou aranha). Diferentes órbitas planetárias poderiam também ser representadas por diferentes discos, e estas seriam vistas projetadas sobre o disco da Terra quando olhássemos por baixo do instrumento.
O Bhagavatam similarmente apresenta as órbitas do Sol, da Lua, dos planetas e das estrelas mais importantes sobre uma série de planos paralelos ao Bhu-mandala.

Ver o Bhu-mandala como uma projeção polar é um exemplo de como ele não representa uma Terra plana.


Se voce achou tudo isso muito complicado, ESQUECA! Mas se voce achou esta visao indiana da cosmologia interessante e quer saber mais sobre isto, leia o artigo completo aqui: http://www.unitedindia.com/cosmology.htm


Incredible India! (slogan do governo indiano)


Om Shanti


18 de janeiro de 2010

Contribuicoes da India para a Cosmologia - Parte 1

Namaskar

Repassando...


Contribuições da Índia Antiga para a Cosmologia
A Cosmologia do Bhagavata Purana


Por: Richard L. Thompson
Traduzido por Maurício Correia de Mello


Uma Visão Geral


A mente humana naturalmente curiosa anseia compreender o universo e o lugar do homem nele. Hoje os cientistas dependem de telescópios potentes e sofisticados computadores para formular teorias cosmológicas. Em tempos antigos, as pessoas recebiam a informação de livros da sabedoria tradicional. Os seguidores da cultura antiga da Índia, por exemplo, aprendiam sobre o universo em escrituras como o Srimad-Bhagavatam, ou Bhagavata Purana. Mas a descrição do universo contida no Bhagavatam frequentemente desconcerta o moderno estudante da literatura védica. Aqui o cientista Dr. Richard Thompson, do Bhaktivedanta Instituto, sugere um quadro para a compreensão das descrições do Bhagavatam que combinam com as experiências e descobertas modernas.







Jambudvipa: O Srimad-Bhagavatam descreve que o universo está dentro de uma série de conchas esféricas que estão divididas em duas partes por uma terra plana chamada Bhu-mandala. Uma série de dvipas, ou "ilhas", e os oceanos compõem Bhu-mandala. No centro da Bhu-mandala encontra-se a “ilha” circular de Jambudvipa, cuja característica mais proeminente é o Monte Meru, em forma de cone. A ilustração principal aqui mostra uma visão mais próxima do Jambudvipa e na base do Monte Meru.


O Srimad Bhagavatam apresenta uma concepção geocêntrica do cosmos. À primeira vista a cosmologia parece estranha, mas um olhar mais atento revela que a cosmologia do Bhagavatam não só descreve o mundo de nossa experiência, mas que apresenta também uma muito maior e mais completa imagem cosmológica. Vou explicar. O modo de apresentação do Srimad-Bhagavatam é muito diferente da abordagem moderna que nos é familiar. Embora o Bhagavatam da "Terra" (em forma do disco Bhu-mandala) possa parecer irrealista, um estudo cuidadoso mostra que o Bhagavatam Bhu-mandala é utilizado para representar, pelo menos, quatro razoáveis e coerentes modelos: (1) um mapa do globo terrestre numa projeção polar, (2) um mapa do sistema solar (3), um mapa topográfico do centro-sul da Ásia, e (4) um mapa do reino celestial dos semideuses. Caitanya Mahaprabhu comentou, "Em cada verso do Srimad-Bhagavatam e em cada sílaba, existem vários significados." (Caitanya-caritamrita, Madhya 24.318) Isto parece ser verdadeiro, em especial, na seção cosmológica do Bhagavatam, e é interessante ver como podemos expor e esclarecer alguns dos significados tendo como referência a astronomia moderna.






Figura 1



Quando uma estrutura é utilizada para representar várias coisas em um mapa composto, pode haver aparentes contradições. Mas estas não causam problemas se nós entendemos a intenção subjacente. Podemos traçar um paralelo com pinturas medievais retratando várias partes de uma história em uma composição. Por exemplo, Masaccio, na pintura "Tributo em dinheiro" (Figura 1) mostra São Pedro em três partes de uma história bíblica. Vemo-lo recebendo uma moeda por um peixe, falando com Jesus e pagando um tributo a um coletor de impostos. A partir de uma perspectiva literal é contraditório ver São Pedro fazendo três coisas ao mesmo tempo. Porém cada fase da história bíblica faz sentido no seu próprio contexto.






Figura 2


Uma pintura similar da Índia (Figura 2) mostra três partes de uma história de Krishna. Essas pinturas contêm contradições aparentes, tais como imagens de um personagem em diferentes lugares, mas isso não incomodará uma pessoa que entenda a linha da história. O mesmo acontece com o Bhagavatam, que utiliza um modelo para representar diferentes características do cosmos.


Continua amanha...





: Bhagavatam

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